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segunda-feira, 28 de junho de 2010

ESCRAVOS

Ser dependente de algo é tornar-se escravo disto. Não apenas nas questões dos vícios, mas, também, em decorrência de ações que acabamos nos sujeitando a cumprir sem que tenhamos o livre arbítrio de decidir em cumpri-la.
Há coisas que fazemos e que são por necessidade, como é o caso de trabalhar. Mesmo assim, ainda temos alguma liberdade de escolher o que fazer. Se não estamos satisfeitos, podemos procurar outra ocupação, mas, a grande maioria das pessoas são escravas pois precisam trabalhar para prover o sustento de si e dos seus.
Existem mulheres que se tornam escravas de seus maridos, pois se obrigam a cumprir com os afazeres domésticos, por vezes, além de uma jornada exaustiva de trabalho fora de casa. Mas não só os homens que oprimem as mulheres, porque também existem mulheres que sugam tudo de seus maridos e ainda exigem um comprometimento exaustivo por parte deles.
E há modos de escravidão silenciosa, que vão se apoderando de nós e nos tornando totalmente dependentes. Ao deixamos de fora o diálogo, o sentir ciúmes, ódio ou desejo de vingança, são modos de escravidão silenciosa que se apoderam de nós e nos prendendo a escravidão das mais brutas.
O fato de não ter generosidade com nossos irmãos, de não praticar a caridade, nos torna escravos do nosso egoísmo e da nossa preguiça. Quando ajudamos a alguém estamos nos libertando. Nos tornamos livres para fazer algo sem comprometimento, apenas por generosidade. E, exatamente este fazer descompromissado que torna uma pessoa livre. Pois tudo o que é feito por obrigação é uma forma de escravidão.
Podemos ser livres, basta queremos. E podemos começar agora, nos soltando das amarras da escravidão silenciosa.

O texto pode ser divulgado, mas, cite o autor.