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terça-feira, 31 de agosto de 2010

DEPENDÊNCIA

Quando alguém faz algo por nós de forma continuada nos tornamos dependentes desta ação. É o caso das drogas, sejam químicas ou álcool, que agem no organismo normalmente trazendo uma sensação diferente e, pelo que dizem, momentaneamente prazerosa, mas acabam dominando esta pessoa.
Há muitas formas de dependência, além das chamadas drogas. Talvez em nossas casas e no trabalho estejam as maiores que enfrentamos. Mesmo que achamos isto normal, a grande maioria de nós somos dependentes de afazeres domésticos e profissionais.
Esperar que a mãe, o pai, o marido, a mulher etc façam tudo por nós é uma dependência em larga escala. Podemos, sim, receber ajuda deles, mas ficar dependentes das ações deles, já se torna um vício.
Marido e mulher precisam saber viver o companheirismo, não um ser funcionário do outro. É preciso cada um ser independente, fazer sua parte no relacionamento. Não ter dependência de qualquer forma, para que ambos sejam livres e consigam, na formação de uma família, terem seus ideais e sua própria vida. O mesmo vale nas ações de pais para filhos.
Esperar que a roupa esteja sempre arrumada, que a comida seja posta sobre a mesa, a casa limpa, é vício. Todos devem cumprir com estas missões, não somente uma das partes.  Nem mesmo o sexo deve ser uma dependência, pois quando um não quer pode ser que esteja precisando de um tempo, de uma desintoxicação, para depois poder voltar ao pleno desejo.
A dependência, em qualquer âmbito, não faz bem. Ela destrói a liberdade, cria uma ligação muito forte com aquele que esteja dependendo. Tira sono, derruba uniões e poda os parceiros. Melhor é saber viver independente, saber fazer o que fazer, para que, quando necessário for, possa levantar a cabeça e cumprir com sua jornada, que é bem diferente do ficar parado na porta e não saber qual o rumo tomar.

O texto pode ser divulgado, mas, cite o autor.