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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PRECISAMOS




Vamos fazer de conta que o país mudou suas regras eleitorais e que a partir de agora todos os cidadãos aptos a votar também passam a ter direito de serem votados, mesmo que não estejam filiados a qualquer partido político. E mais, consideremos que não mais é preciso registrar nos cartórios eleitorais as candidatura, que qualquer pessoa pode receber votos.
Nesta condição, então, todos estamos aptos para receber votos, inclusive, nós mesmos podemos votar em nós mesmos. Que interessante isto, nós podemos votar em nós mesmos; além do mais, estamos aptos a receber votos de outras pessoas, mesmo que não tenhamos lançado qualquer candidatura.
Analisando esta situação apresentada, podemos responder a seguinte questão: votaríamos em nós mesmos? Será que nos consideramos aptos a ocupar cargos públicos de relevância? Temos condições plenas de ter uma vida pública de dedicação, abnegação e voluntarismo?
Infelizmente muitas pessoas não confiam em si próprias, não dariam o próprio voto a si mesmo. E talvez faça isto não porque seja desqualificada, mas sim, porque não acredita nas suas próprias potencialidades. Há pessoas que confiam muito mais nos outros do que nas suas próprias qualidades.
O apresentado neste texto é apenas para entendermos que também precisamos confiar em nós. A partir do momento que fugimos de responsabilidades, que transferimos ações para outros, estamos simplesmente deixando de lado de aproveitar oportunidades que se apresentam. Logicamente existem casos nos quais temos que dizer não, pois outras tarefas exigem de nosso esforço.  Entretanto, quando deixamos de confiar em nós mesmos, daí, não é fazer a opção por outras atividades, mas sim, é fugir de nós mesmos, de nos dar permitir fazer algo maior pelo próximo.

O texto pode ser divulgado, mas, cite o autor.