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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ESPARTANO

Já faz muito tempo que aprendi que a escravidão foi abolida em nosso país e em praticamente todos os demais. Pelo menos por um ato superior, de alguém que detinha o poder, o assinar de uma lei tornou livres todas as pessoas, podendo as mesmas escolher o que querem fazer, onde trabalhar e ir em busca do seu próprio sustento e desejos.
No papel realmente a abolição da escravatura aconteceu, entretanto, ainda existe muita gente que continua presa a coronéis, possivelmente vivendo em senzalas construídas em situações precárias. Há tantos que se tornam escravos de si próprios e vivem num mundo falso de perfeição que construíram, mas, que não passa de uma condição mal estruturada.
Brancos, morenos, pardos e demais, não importa a cor da pele, conseguem no mundo moderno e livre que hoje temos tornar-se escravo de si próprio. Isto acontece porque são por demais rigorosos e severos  consigo mesmo, exigindo em tudo e em todos a perfeição. É claro que sempre precisamos buscar o melhor de nós, a qualidade em tudo o que fazemos, mas, chegar à condição de espartano em demasia torna este ser cruel consigo mesmo.
É preciso fazer acontecer, tornar os sonhos realidades, andar em estradas bem estruturadas, fazer o que é o certo. Entretanto, tudo isto não pode nos levar a condição de escravatura, seja a nossa ou de quem estiver conosco. Devemos saber aproveitar cada momento de nossas vidas, curtir o que temos pela frente, na certeza de que o que faremos continuará nos deixando livres para pensar e agir, que na nossa volta poderemos sonhar com nossa casa da liberdade. E ter a certeza de que não seremos obrigados a nos abrigar nas senzalas hipócritas de nossas próprias e mal construídas exigências de perfeições que por vezes julgamos serem necessárias em tudo e em todos.
 
Confira este e mais textos do autor no blog www.joaoflivi.blogspot.com
                    
Acredite em você! Seja feliz!
 
Autor:
Adm. João Frederico Livi
CRA/PR 21250
Especialista em Marketing e Vendas.
Executivo em Vendas, Propaganda e Publicidade.
O texto pode ser divulgado, mas, cite este autor.